A articulação acromioclavicular (AAC) é uma articulação diartrodial, localizada entre a extremidade lateral da clavícula e a região medial do acrômio. Um disco fibrocartilaginoso variando de tamanho e de forma existe dentro da articulação.
A estabilidade nos planos anteroposterior é feita pelos ligamentos acrômio claviculares superiores e inferiores, cápsula articular e menisco, principalmente. A estabilidade superior e inferior é dada pelas seguintes estruturas: ligamentos coracoclaviculares, (localizados entre a porção superior do processo coracoide e a face inferior da clavícula), sendo o conoide localizado na parte posterior e mais medial; trapezoide localizado na parte anterior e mais lateral; fáscia trapeziodeltoidea composta pelas inserções musculares dos músculos trapézio e deltoide localizada na clavícula distal A ruptura destas estruturas ligamentares e capsulares leva ao deslocamento/luxação da articulação acromioclavicular.
A maioria dos pacientes que apresentam a luxação acromioclavicular (LAC) são adultos jovens, obtida durante atividades esportivas ou recreacionais, ou em acidentes viários.
O mecanismo de trauma mais comum é o direto, na região posterossuperior da escápula, por quedas acidentais em atividades esportivas, recreacionais e em acidentes viários em geral.
Normalmente o paciente relata história de queda recente sobre o ombro, apresentando dor, inchaço e limitação funcional do membro superior ipsilateral, em graus variados. O sinal da tecla, no qual se obtém a redução da clavícula à posição correta em relação ao acrômio pode estar presente nos casos de luxação, mas ausente nas lesões ligamentares parciais. As radiografias auxiliam a descartar uma fratura associada e ajudam a classificar o grau da luxação articular.
Existem 6 tipos diferentes de luxação. As luxações mais simples são as do tipo 1 e 2, que são tratadas de modo conservador (não operatório). Nesses casos há pouca ou nenhuma deformidade estética. Raramente esses casos evoluem com dor crônica, sendo possível seu tratamento cirúrgico tardio. A luxação do tipo 3, em que há luxação da clavícula entre 25 a 100% em relação ao lado normal, o tratamento é muito controverso mesmo entre os médicos.
A maior tendência no mundo tem sido a de tratar sem cirurgia. No entanto, alguns casos são diagnosticados como tipo 3 de maneira incorreta, dificultando a escolha do tratamento e os resultados finais.
As luxações do tipo 4, 5 e 6 são mais graves e sempre de tratamento cirúrgico. Para os casos crônicos a técnica conhecida como Weaver-Dunn, que consiste na transferência da porção acromial do ligamento coracoacromial após ressecção da extremidade distal da clavícula e estabilização coracoclavicular com amarrilhos subcoracoides, é utilizada para os casos crônicos ou nas falhas do tratamento cirúrgico. Também para esses casos, técnicas recentes de reconstrução dos ligamentos coracoclaviculares, com a utilização de enxertos autólogos ou de banco de tecidos (tendões flexores do joelho – semitendíneo e grácil), podem ser realizadas.
Deve-se utilizar tipoia por 6 semanas após qualquer procedimento cirúrgico com início de reabilitação na quarta semana. O retorno completo às atividades habituais é realizado aos 4 a 6 meses de pós-operatório.
Dr. Marcus Vinícius, médico ortopedista e traumatologista, formado pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública – EBMSP em 2010. Neste site, você vai conhecer um pouco mais sobre mim, sobre a minha clínica, sobre os meus serviços e sobre as minhas especialidades.
Sou um médico apaixonado pela ortopedia e pela traumatologia, que busca oferecer um atendimento humanizado, personalizado e de alta qualidade aos meus pacientes. Eu conto com uma equipe de profissionais qualificados e experientes, que utilizam as técnicas mais modernas e eficazes para o diagnóstico e o tratamento das doenças e lesões do sistema musculoesquelético.
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