Instabilidade glenoumeral é um termo genérico utilizado para descrever a incapacidade de se manter a cabeça umeral centrada na fossa glenoidal. Luxação glenoumeral é a separação total das superfícies articulares, ao passo que a subluxação é a perda parcial do contato articular, que ocorre como um episódio sintomático transitório ou permanente. A incidência da instabilidade glenoumeral é pouco detalhada na literatura. Diferentes trabalhos apontam para números que variam entre 8,2/100.000, 17/100.000 e 23,9/100.000, de acordo com a população estudada. A luxação recidivante ocorre com uma frequência 3 vezes maior em homens que em mulheres. O membro superior dominante é acometido em 60% dos casos.
A avaliação clínica de casos de luxação recidivante ou instabilidade glenoumeral se inicia com história clinica, incluindo também idade, ocupação, prática esportiva, dominância, mecanismo de trauma e qualquer outro dado relevante. Um paciente com instabilidade anterior frequentemente refere dor ou apreensão quando tenta colocar o braço em posição armada para um arremesso, por exemplo. Diferentemente, um paciente com instabilidade posterior tem desconforto na região posterior do ombro quando faz flexão de braço.
Após uma história clínica e exame físico detalhado o diagnóstico pode ser complementado por exame de imagem (Radiografias e/ou Ressonância magnética). Para os cenários de luxação do ombro aguda a radiografia é o exame complementar útil e de fácil acesso nas unidades de urgência. A ressonância magnética e a tomografia computadorizada, geralmente indicada nos casos de recorrência da luxação, possui maior precisão no diagnóstico e ajuda o cirurgião no planejamento do tratamento
Luxação aguda – A luxação aguda do ombro é uma urgência ortopédica e deve ser tratada como tal. Após devida avaliação a articulação deverá ser reduzida/recolocada e um imobilização tipo tipoia americana deverá ser usada por 7 a 14 dias.
Luxação anterior recidivante – A recidiva da luxação glenoumeral após um primeiro episódio caracteriza a presença de uma luxação anterior recidivante. A escolha do tratamento leva em conta diversos fatores relacionados ao paciente: idade, atividades laborativa e esportiva, lesões associadas, entre outros. O tratamento conservador apresenta resultados resultados insatisfatórios quanto à diminuição de recidivas na luxação recidivante e é utilizado em pacientes que recusam o tratamento cirúrgico ou apresentam alguma contraindicação à cirurgia. O tratamento cirúrgico é indicado quando há comprometimento da qualidade de vida e função do paciente. Inúmeros procedimentos já foram utilizados. A técnica escolhida deve agir sobre a lesão encontrada da maneira mais anatômica possível e com o menor dano às diferentes estruturas anatômicas do ombro.
Reparo de Bankart Artroscópico – O reparo de Bankart é o procedimento de partes moles mais realizado atualmente. Descrito por Bankart em 1939, consiste na reinserção por via aberta do complexo capsulolabral à borda anterior da glenoide. O tratamento por via aberta por muitos anos foi considerado o padrão de referência, já que, no início do desenvolvimento da técnica artroscópica, não se conseguia reproduzir os resultados do método tradicional. Entretanto, com o desenvolvimento do instrumental e da técnica artroscópica, houve uma melhora significativa nos resultados obtidos, igualando-se com os da técnica tradicional.
Vantagens da Artroscopia – O uso do artroscópio oferece diversas vantagens, algumas teóricas e outras comprovadas por diferentes estudos: não agressão ao músculo subescapular, método mais aceito pelo paciente, menor tempo cirúrgico, menor tempo de internação, menor morbidade e alterações de cicatrização, menor dor no pós-operatório imediato e menor taxa de complicações.
Procedimento de Latarjet – A cirurgia de Bristow-Latarjet (transferência do processo coracoide juntamente com o tendão conjunto para a borda anteroinferior da glenoide) é de indicação clássica nos casos em que houver perda óssea significativa da glenoide ou cabeça umeral.
O nosso protocolo de reabilitação após a cirurgia é dividido em 4 fases:
1ª fase – Analgesia e relaxamento muscular (medicina física).
2ª fase – Ganho de amplitude articular
3ª fase – Fortalecimento muscular.
4ª fase – Exercícios de propriocepção e coordenação motora. O retorno do paciente às suas atividades habituais, inclusive a prática de esportes, ocorre em cerca de 4 a 6 meses, período que depende da modalidade esportiva que o atleta pratica (se for o caso) e de como o paciente recuperou força e coordenação durante a reabilitação.
Dr. Marcus Vinícius, médico ortopedista e traumatologista, formado pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública – EBMSP em 2010. Neste site, você vai conhecer um pouco mais sobre mim, sobre a minha clínica, sobre os meus serviços e sobre as minhas especialidades.
Sou um médico apaixonado pela ortopedia e pela traumatologia, que busca oferecer um atendimento humanizado, personalizado e de alta qualidade aos meus pacientes. Eu conto com uma equipe de profissionais qualificados e experientes, que utilizam as técnicas mais modernas e eficazes para o diagnóstico e o tratamento das doenças e lesões do sistema musculoesquelético.
Ofereço uma ampla gama de serviços relacionados à ortopedia e à traumatologia, desde consultas, exames, cirurgias, reabilitação e prevenção. Eu atendo pacientes de todas as idades e com diferentes tipos de problemas, como:
Outros traumas do ombro e lesões do cotovelo
Confira abaixo o local de atendimento do Ortopedista Dr. Marcus Vinícius